Secretário diz que major da PM teve surto psicótico ao matar filho e cunhado no Prado
Polícia investiga como o oficial conseguiu fugir da custódia antes de invadir a casa da ex-esposa e fazer cinco pessoas reféns
Greyce Bernardino
08/06/2025 às 9:34 • Atualizada em 08/06/2025 às 9:45 - há XX semanas
Secretário diz que major da PM teve surto psicótico ao matar filho e cunhado no Prado. Foto: Reprodução
O major da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), Pedro Silva, teve um surto psicótico e matou o próprio filho, de apenas 10 anos, e o cunhado, durante um sequestro à mão armada nesse sábado (7), no bairro Prado, em Maceió. A informação é do secretário executivo da Segurança Pública, Patrick Maia, que descreveu a cena como uma verdadeira carnificina.
“É um local extremamente horrível de ver. Temos elementos de criança amputada, corte de cabelo… Um cenário brutal, onde um elemento em surto psicótico, de forma totalmente destemperada, tomou a própria família como refém”, afirmou o secretário.
Pedro Silva estava detido na Academia da Polícia Militar desde janeiro, por violência doméstica, e teve autorização para ar o dia com os filhos. Durante essa visita, conseguiu fugir da instituição. Ele interceptou o carro de um amigo que o acompanhava, o esfaqueou na mão e o forçou a levá-lo até a casa da ex-esposa, onde deu início ao sequestro.
Na casa, ele manteve cinco pessoas como reféns: a ex-companheira, o irmão e a irmã dela, além dos dois filhos, de 2 e 10 anos. As negociações foram conduzidas pelo Bope, com o apoio da filha mais velha do major, de 32 anos, que mesmo em período de resguardo após dar à luz, foi a única com quem ele aceitou falar.
Três pessoas foram resgatadas com vida: a ex-esposa, a cunhada e a criança de 2 anos. Já o filho de 10 anos e o cunhado foram brutalmente assassinados antes da entrada da polícia.
O major Pedro Silva foi morto durante a intervenção do Bope, que agiu para preservar as vidas dos reféns restantes. O caso está sob investigação da Polícia Civil, que também apura como ele conseguiu escapar da custódia na Academia da PM.
“Agora é o momento de dar assistência às vítimas e familiares. O local está isolado, e todas as pessoas envolvidas serão ouvidas. A investigação será rigorosa”, concluiu Patrick Maia.
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