Major da PM enviou vídeos à filha mais velha durante sequestro da família no Prado
Aparelho celular da mulher foi entregue à polícia; o caso terminou com três mortos, incluindo uma criança de 10 anos
Rayssa Cavalcante e Priscilla Espíndola
07/06/2025 às 22:10 - há XX semanas
Major da PM enviou vídeos à filha mais velha durante sequestro da família no Prado. Reprodução
O major da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), Pedro Silva, enviou vídeos à própria filha, de 32 anos, nos quais aparecia com os filhos dentro da casa onde ele fez cinco reféns neste sábado (7), no bairro Prado, em Maceió.
A mulher, que está em período de resguardo após o parto de um bebê de um mês, era a única com quem o oficial aceitava negociar enquanto mantinha a família refém. O aparelho celular dela foi entregue à polícia, que continuará as investigações do caso.
As informações foram readas à Gazetaweb pelo marido da filha de 32 anos, que preferiu não se identificar. Segundo ele, Pedro Silva havia sido liberado para receber os filhos e ou o dia com eles na Academia da Polícia Militar.
A ex-companheira do major, que veio de Palmeira dos Índios prestar depoimento sobre um processo istrativo contra o pai — aberto após a prisão dele em janeiro por violência doméstica — permitiu a visita. Um amigo do oficial foi quem buscou as crianças na residência para levá-las até onde o militar estava detido.
Durante a visita, ainda de acordo com o marido da filha de 32 anos, Pedro Silva fugiu pela porta lateral da instituição. Ele correu até a rua, interceptou o carro do amigo e obrigou-o a levá-lo até a casa da ex-companheira. O homem tentou impedir a ação, mas teve a mão esfaqueada pelo major.
Com os filhos no veículo, o PM seguiu até o imóvel e deu início ao sequestro, fazendo reféns a ex-esposa, a irmã e o irmão dela, além das duas crianças de 3 e 10 anos.
As negociações com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram conduzidas com a ajuda da filha de 32 anos, a única com quem ele se comunicava.
O sequestro terminou com duas pessoas mortas — o ex-cunhado de Pedro Silva e o filho de 10 anos — além do próprio major após intervenção do Bope para preservar as vidas dos reféns.
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