Brasil entrega sacrifício. Falta liberar o talento.
Marlon Araújo
06/06/2025 às 1:28 - há XX semanas
Equador x Brasil - Guayaquil Foto: Rafael Ribeirorio I CBF. Divulgação/CBF
Na sua apresentação, Carlo Ancelotti disse que a Seleção precisava unir talento com sacrifício. Na estreia contra o Equador, em Guayaquil, vimos parte da equação funcionar: o Brasil foi disciplinado, solidário, bem postado defensivamente. Mas o talento... ficou travado.
Casemiro e Alexsandro foram os pilares de uma defesa consistente. O camisa 5 dominou a entrada da área, finalizou com perigo e tentou acelerar com es verticais — errou alguns, mas por falta de opções. E o estreante Alexsandro foi firme, técnico e maduro. Um achado.
Zagueiro Alexsandro demonstrou segurança na marcação e achou bons es para levar o Brasil à frente. Bom cartão de visitas.. Rafaelribeirorio I CBF/ Foto
O esquema 4-3-3 funcionou atrás, com Casemiro afundando entre os zagueiros e formando linha de cinco. O bloco baixo impediu o Equador de atacar a profundidade. Vencemos 59% dos duelos físicos e mostramos solidez. Até aí, ponto pra Carletto.
Marlon Araújo - imagem de analise de jogo
Mas com a bola… nada. Foram só 83% de acerto nos es e três finalizações em 90 minutos. A movimentação foi desconectada. Estêvão teve coragem, mas faltou físico. Richarlison correu, lutou, marcou — mas não produziu. E Gerson e Bruno Guimarães pouco apareceram para organizar.
O que ficou claro: os talentosos estão se doando para marcar. Falta fazer o talento jogar. O DNA ofensivo do Brasil — leveza, improviso, finalização — ainda não apareceu. E mais que padrão tático, falta sede de vitória. Faltou alma de Seleção.
Carlo Ancelotti Foto: @rafaelribeirorio I CBF. Divulgação/CBF
📌 Ancelotti já mostrou que pode montar um time obediente. Agora, precisa libertar o talento. Porque sacrifício sem brilho não é Brasil.