Acusado de matar farmacêutica a pedradas na frente do filho é condenado a 27 anos de reclusão
Vítima gritou por socorro, mas foi morta na rua, no Dia Internacional da Mulher
Mariane Rodrigues e Rayssa Cavalcante
26/05/2025 às 19:16 • Atualizada em 26/05/2025 às 19:56 - há XX semanas
MPE-AL
O réu Cícero Messias foi condenado a 27 anos e um mês de prisão em regime fechado pelo crime de feminicídio contra a farmacêutica Marcelle Christine de Bulhões, morta a pedradas no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março de 2023, em Maceió. Ele foi apresentado ao Júri Popular nesta segunda-feira (29).
Os jurados acataram a tese do Ministério Público Estadual que o denunciou por feminicídio, por motivo fútil e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Marcelle Bulhões foi assassinada na frente do filho, que ainda era adolescente.
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Em depoimento durante o julgamento, o adolescente disse que pegou a mãe chamar pelo primo dele. Ao abrir a porta, ele afirma que o viu o acusado puxando a farmacêutica pela blusa para o outro lado da rua. “ Quando ela caiu, ele pegou a pedra e meteu na cabeça dela”, relatou o filho de Marcelle.
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Ainda segundo o depoimento, o jovem chegou a gritar para que o agressor parasse. Ao perceber que havia sido flagrado, o acusado fugiu.
A testemunha afirmou que a pedra usada no crime era "grande e pesada" e que ele e seu primo tentaram perseguir o agressor por uma travessa, sem sucesso. Eles não pararam para verificar o estado da vítima de imediato, pois o foco era capturar o criminoso.
Outro jovem, que também era menor de idade na época, contou em depoimento no julgamento que presenciou o momento em que Marcelle pedia socorro na frente de sua própria residência. Ele afirmou que a vítima estava dentro do carro quando começou a ser agredida por Cícero, que a espancava e batia sua cabeça contra o volante.
Ainda segundo a testemunha, o agressor conseguiu retirar Marcelle do veículo, arrastou-a para a parte de trás do carro e a jogou no chão. “Ele disse que ia matar a Marcelle e pediu, inclusive, para eu ajudá-lo. E disse que, se eu me aproximasse, também me mataria”, relatou o jovem em juízo.
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