t.id==parseInt(n))?.radioPageUrl,document.querySelector(".radio-buttonClose")&&document.querySelector(".radio-buttonClose").click(),window.location.href="/radio?url="+encodeURIComponent(t)+"&radio="+encodeURIComponent(n)+"&title="+encodeURIComponent(i))}function tocarRadio(){let n=parseInt(this.dataset.id);localStorage.setItem("radioId",n);localStorage.setItem("isPlaying",!0);window.top.postMessage({action:"updateRadio"},"*")}function pausarRadio(){localStorage.setItem("isPlaying",!1);window.top.postMessage({action:"updateRadio"},"*")}function toggleRadio(){let n=parseInt(this.dataset.id),t=parseInt(localStorage.getItem("radioId")),i=localStorage.getItem("isPlaying")=="true",r=n==t,u=i&&r?pausarRadio:tocarRadio;u.call(this);moverParaIframe.call(this);console.log(n)}function processarStatusRadio(n){const t=n.data}function handleLoad(){window.self==window.top&&localStorage.setItem("isPlaying",!1)}let iconPlay=` `,iconPause=` `;const radios=[{id:1,image:"/themes/default/assets/img/imagens/943maceio.png",title:"Gazeta FM 94.1",color:"#E42328",src:"https://www.appradio.app:8061/live",htmlTitle:"GZT 94.1<\/b>",radioCity:"Maceió",radioVideo:!0,videoStream:"https://gerador.livecenter.host/player.html?data=U2FsdGVkX18r40kGE5ykio%2FpSa2yp7aKfzPIvOKJGEoN04UXbgADSSPt0mCxBO1V1vdGfGEelx25tX2O6wC4%2BPnQw3SQ08v5W1wXsdgU%2FfE%3D",googleAdsId:"div-gpt-ad-1709128611392-0",googleAdsSlot:"/1513505/v1_gweb_player_fm94.1_mac",radioPageUrl:"/radios/gazetaFm94-1"},{id:2,image:"/themes/default/assets/img/imagens/1011arapiraca.png",title:"Gazeta FM 101.1",color:"#906017",src:"https://www.appradio.app:8032/live",htmlTitle:"GZT 101.1<\/b>",radioCity:"Arapiraca",radioVideo:!1,googleAdsId:"div-gpt-ad-1709128692851-0",googleAdsSlot:"/1513505/v1_gweb_player_fm101.1_ara",radioPageUrl:"/radios/gazetaFm101-1"},{id:3,image:"/themes/default/assets/img/imagens/1013paodeacucar.png",title:"Gazeta FM 101.3",color:"#7F576A",src:"https://www.appradio.app:8188/stream",htmlTitle:"GZT 101.3<\/b>",radioCity:"Pão de Açúcar",radioVideo:!1,googleAdsId:"div-gpt-ad-1709128733779-0",googleAdsSlot:"/1513505/v1_gweb_player_fm101.3_pao",radioPageUrl:"/radios/gazetaFm101-3"},{id:4,image:"/themes/default/assets/img/imagens/983mixfm.png",title:"MIX 98.3",color:"#FFD100",src:"https://www.appradio.app:8033/live",htmlTitle:"MIX 98.3<\/b>",radioCity:"Maceió",radioVideo:!1,googleAdsId:"div-gpt-ad-1709128777650-0",googleAdsSlot:"/1513505/v1_gweb_player_mix98.3_mac",radioPageUrl:"/radios/gazetaFm98-3"},{id:5,image:"/themes/default/assets/img/imagens/gazetaClassic.webp",title:"GZT CLASSIC",color:"#084a7f",src:"https://virtues.audio:2020/8008/stream",htmlTitle:"GZT CLASSIC<\/b>",radioCity:"Rádio Web",radioVideo:!0,videoStream:"https://player.cdni.live/video/gztclassic/5/true/true/YS5jZG5pLmxpdmUrMQ==/16:9",googleAdsId:"div-gpt-ad-1709128777650-0",googleAdsSlot:"/1513505/v1_gweb_player_mix98.3_mac",radioPageUrl:"/radios/gazetaClassic"}];document.addEventListener("DOMContentLoaded",function(){document.querySelectorAll(".radio-btn").forEach(n=>n.addEventListener("click",toggleRadio));document.querySelectorAll(".radios-listen > ul a").forEach(n=>n.addEventListener("click",toggleRadio))});window.addEventListener("message",processarStatusRadio);handleLoad()
Imagem
Menu lateral Busca interna do GazetaWeb
Imagem
GZT 94.1
Assistir
Ouvir
GZT 101.1
Ouvir
GZT 101.3
Ouvir
MIX 98.3
Ouvir
GZT CLASSIC
Assistir
Ouvir
X
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no facebook compartilhar no linkedin
copiar Copiado!
ver no google news

Ouça o artigo

Compartilhe

São João com a alma do Nordeste intacta

São João nasceu do povo e tem raízes na fé, no campo e na musicalidade típica do Nordeste


			
				São João com a alma do Nordeste intacta
São João com a alma do Nordeste intacta. Reprodução

Defender o multiculturalismo é, sem dúvida, um princípio democrático e inteligente de convivência, que faz a integração dos diferentes. Respeitar os sons, os sabores e os costumes de regiões distintas é compreender a riqueza de um país como o Brasil. No entanto, há uma linha tênue entre convivência cultural e descaracterização, e essa linha vem sendo cruzada nas festas juninas, sobretudo pela substituição da música tradicional por ritmos alheios ao seu espírito original.

O São João nasceu do povo e tem raízes na fé, no campo e na musicalidade típica do Nordeste. A sanfona, a zabumba e o triângulo são os instrumentos que dão corpo ao forró pé de serra, ao xote e ao baião. Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro e tantos outros não compam apenas canções, mas cravaram uma identidade sonora no coração do povo.

Leia também

Do ponto de vista social, o São João funciona como cimento comunitário. Reúne famílias, vizinhos e amigos em torno de uma tradição que atravessa gerações. Em comunidades rurais e urbanas, é tempo de reencontro, de troca, de convivência. As festas de bairro, os arraiás de rua e as quadrilhas escolares são mais do que eventos: são mecanismos de fortalecimento dos laços sociais.

Hoje, no entanto, vemos arraiás convertidos em palcos de axé, sertanejo universitário, funk e até música eletrônica. Nada contra esses estilos — cada um há de ter seu espaço —, mas não no lugar do forró tradicional e no meio das festas de São João. Isso não é inclusão cultural. É descaracterização. É uma forma sutil - e perversa - de enfraquecer um traço essencial da cultura nordestina.

Cabe advertir: o poder público, em qualquer instância, tem papel direto nessa defesa. A Constituição Federal, nos artigos 215 e 216, protege e incentiva as manifestações culturais populares. Isso inclui preservar a essência musical das festas juninas, que não são eventos de mercado, mas patrimônio imaterial.

E assim não é favor, mas um dever legal dos gestores de garantir que os mestres de cultura, os sanfoneiros, as quadrilhas juninas e os artesãos encontrem respaldo institucional para manter viva a tradição.

O São João também aquece a economia. Os polos ainda recebem milhares de turistas, que impulsionam a hotelaria, a alimentação, o transporte, o comércio e a produção cultural. Pequenos comerciantes vendem iguarias, artesanato e roupas típicas. Bandas de forró, trios de sanfona e artistas populares encontram espaço e valorização. Em muitos lugares, a festa garante o sustento de centenas de famílias durante boa parte do ano.

Multiculturalismo não significa diluir tudo até perder o sabor. Respeitar a diversidade é justamente dar espaço a cada cultura ser o que ela é, sem ser atropelada por modismos ou interesses comerciais.

Não se trata de conservadorismo cultural, mas de respeito à origem, à história e à alma do povo nordestino. Misturar tudo em nome da “modernidade” empobrece a autenticidade e desrespeita a memória coletiva de gerações.

Num país em que tradições populares são frequentemente marginalizadas ou transformadas em produto pasteurizado, o São João do Nordeste pede socorro e precisa resistir como símbolo de autonomia cultural. É festa, sim, mas também é alma, memória, economia e afirmação.

O São João é o tempo em que o Nordeste dança sua própria música, canta sua própria história e celebra sua própria fé. E isso não precisa — nem deve — ser negociado.

Joaldo Cavalcante

Jornalista e ex-secretário de Comunicação do Estado de Alagoas

App Gazeta

Confira notícias no app, ouça a rádio, leia a edição digital e e outros recursos

Aplicativo na Google Play Aplicativo na App Store
Aplicativo na App Store

*Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não representando, necessariamente, a opinião da Organização Arnon de Mello.

Relacionadas

X